quarta-feira, 21 de outubro de 2009

LEITURA DIGITAL: Uma verdadeira aula de história, ou melhor, de Carnaval.


Naqueles tempos, podia usar lança e não tinha violência...
Reparem no bolso do segundo folião da direita para a esquerda. Também na mão do último folião à direita.

Quem olha diretamente para a foto, e não lê o texto, pensará que se trata de uma historinha de um longínquo carnaval de 1936... Ledo engano! O que se lê nesta página é para guardar para sempre, pois conta a história do carnaval e também do carnaval de Vinhedo, óbvio. Agora é com os foliões Zechin e Sandro.

O carnaval é um período de festas regidas pelo ano lunar no Cristianismo da Idade Média. O período do carnaval era marcado pelo "adeus à carne" ou "carne vale" dando origem ao termo "carnaval". Durante o período do carnaval havia uma grande concentração de festejos populares. Cada cidade brincava a seu modo, de acordo com seus costumes. O carnaval moderno, feito de desfiles e fantasias, é produto da sociedade vitoriana do século XIX. Nesta foto (página 27) os jovens na década de 30, com uniforme do Rocinhense. O Rocinhense teve o melhor carnaval de salão de toda a região por volta de 1960 e 70 e continou com esta tradição ainda na década de oitenta.Tempos de confetes, serpentinas, mamãe-eu-quero e lança-perfumes.

Sandro Saltori

Dizem que o Brasil é conhecido no exterior pelo futebol e pelo carnaval. Bastante verdadeiro. O carnaval do Rio de Janeiro, principalmente, traz ao país turistas do mundo inteiro. Bom para a cultura e para as divisas brasileiras. Mas, aqui, falamos do passado. E Rocinha e Vinhedo cultivaram bastante esta antiga tradição. O Rocinhense, realmente, sempre teve o melhor carnaval da região, rivalizando-se com o clube Santana, que era mais simples, mas também muito divertido. As coisas mudaram um pouco quando o Country Clube (Ponte Preta) começou a realizar grandiosos carnavais. Em Vinhedo eram realizados divertidos desfiles de rua, com bandinhas e muitos foliões fantasiados, sendo dos personagens mais famosos o “Dema” Brunelli, que dançava com uma mulher-boneca amarrada nos pés. Os mais jovens divertiam-se fazendo o jogo de “homens” contra “mulheres”, normalmente às terças-feiras do carnaval. Anos depois vieram os grandes desfiles das escolas de samba no Portal, com o Garganta Seca surpreendendo a cidade e turistas com seus belos enredos e apresentações. Infelizmente, tudo acabou. Assim como os tradicionais lança-perfumes. Ficou um cheiro de saudade no ar!
José Antonio Zechin

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