Uma paisagem que virou saudade.

Vinhedo. Quem te viu, quem te vê...

Estrada da boiada. Fiquei parado nesta foto por muito tempo. Aparentemente, apenas uma estrada de “chão” como se diz por aí, mas tem muita história e na correria da vida, quando eu passo por ela, a foto vem em minha mente. O campo antigo mostra uma paisagem linda de fundo, mas me chamou a atenção a altura da grama, quase cobrindo as chuteiras dos atletas. E eles jogavam bem e não reclamavam. Hoje, qualquer jogador medíocre, reclama do gramado, da bola, do tempo!... Ah, tempo bom que não volta.

Foto acima: Antigo Campo onde hoje é o colégio Patriarca

Foto acima: Estrada da Boiada

Na página 24 a Estrada da Boiada, hoje local de semáforos, redutores de velocidade, intenso comércio e trânsito caótico nos finais de tarde. Na página 25 um time do Rocinhense em uma linda paisagem de nossa antiga Rocinha. Ao fundo, a região dos morros da Represa. Tire uma foto hoje desta região e compare! No futebol de hoje temos uniforme de times de tudo quanto é cor, estilo e verdadeiros outdoors de empresas e seus produtos. O uniforme do Rocinhense nesta fotografia é belíssimo, o distintivo apenas um R em formato de coração. Simples assim. Reparem na mascote, o garotinho Jacozinho, também muito elegante.

Sandro Saltori

Primeiramente, corrigindo meu amigo Rogério na introdução acima: aquilo não era grama, era capim mesmo. Grama era um luxo que não existia nos campos de futebol. Existia nos pastos. O que justifica ainda mais a reflexão dele. Segundo, naqueles tempos, tudo “era longe”. Quando foram construir a Santa Casa (ainda hoje o único hospital da cidade), o povo dizia: “Nossa, mas vão construir um hospital no meio do mato!”. Pois é, passe por lá hoje!

Para ir do centro da cidade ao bairro da Capela parece que levava uma semana. A divisa com Valinhos parecia que ficava na China. Ir até Louveira era como visitar um outro Estado. Agora tudo é mais perto! E daí, o que mudou? Por fim, na Estrada da Boiada passava boi, passava boiada, claro! Hoje passa o quê? Carros, claro! E daí, o que mudou?

José Antonio Zechin